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O Dia
do Índio é celebrado anualmente em 19
de abril no Brasil. Esta importante data serve para
lembrar e reforçar a identidade do povo indígena brasileiro e americano na
história e cultura atual.
O dia 19 de abril foi escolhido como data para se
comemorar a cultura indígena em homenagem ao Primeiro Congresso Indigenista
Interamericano, que ocorreu em 19 de abril de 1940.
O
objetivo deste congresso era de reunir os líderes indígenas das diferentes
regiões do continente americano e zelar pelos seus direitos.
No
Brasil, esta data foi oficializada através do decreto-lei nº 5.540,
de 2 de junho de 1943, com assinatura do então presidente Getúlio Vargas. A
nível internacional, a Organização das Nações Unidas (ONU) também criou o Dia
Internacional dos Povos Indígenas (9 de agosto) para conscientizar os governos
e população mundial sobre a importância de preservar e reconhecer os direitos
dos indígenas.
O índio
Kunumí-Ivãté é um índio guarani de 15 anos, 1,65 de
altura, olhos muito escuros e um cabelo tão preto que chega a brilhar com a luz
do sol. Kunumí pertence aos caiuás, uma das três tribos da nação guarani, vive
na região de Dourados, lá no interior do Mato Grosso do Sul. Ele não tem um
nome qualquer, Kunumí-Ivãté significa MENINO-NAÇÃO.
Até pouco tempo atrás Kunumí-Ivãté significava
nada. Para os outros sessenta e três índios de sua aldeia e para todos os
outros brancos da região, era só Alberto Vilhalva de Almeida. Um jovem que como
tantos outros, trocou sua gente pelo feitiço da cidade: Comprou um relógio
digital no contrabando, usou calças jeans e sonhou ter um Monza zerinho. Um
índio que queria ser branco.
A cidade, sua magia, suas cores, sua gente atraíram
Kunumí. Por um momento imaginou ter encontrado seu verdadeiro caminho. Foram
três anos de ilusão que foi acabando quando ele conheceu a realidade da cidade.
Quando viu outros índios, iguaizinhos a ele, mendigando pelas ruas, humilhados
e tratados como “cachorros vadios”.
Um bugre. Para os brancos, Kunumí era só um bugre.
Um índio que deixou de ser índio e nunca chegou a ser branco. Que morava na
cidade e trabalhava na roça.
__ Descobri que branco é egoísta. Quer comprar
tudo: terras, rios, passarinhos. Não sabe que antes do branco, antes do
dinheiro, já tinha mundo, já tinha índio.
Kunumí sentiu na pele o preconceito, a exploração.
Não gostou dos bailes dos jovens brancos, das luzes e dos sons eletrônicos dos
fliperamas. Sentiu saudade da sua gente, da sua língua, das suas festas. Do
prazer da caça, do peixe fisgado nas águas da sua infância. Do cheiro do mato.
E o MENINO voltou à sua NAÇÃO, com um orgulho: ser caiuá. Mesmo vestindo roupa
de branco, misturando a língua guarani com o português e o castelhano abandonou
de vez o sonho do Monza zerinho.
Atividades:
1.. Qual
o nome do texto que você leu?
R -
2.. Quem
era Kunumí-Ivãté?
R -
3.. A que
tribo Kunumí-Ivãté pertence
R -
4.. Qual
o nome de Kunumí-Ivãté entre os brancos?
R -
5.. Por que Kunumí-Ivãté ficou triste e resolveu
voltar para sua gente depois de três anos?
R -
6.. Do que mais o índio sentiu saudades?
R -
8) Copie
do texto:
a) O que
Kunumí-Ivãté descobriu:
R -
b) O que é um bugre para os brancos:
R -
c) O que
era a cidade para os índios:
R -
ÍNDIO QUER APITO, COMPUTADOR E INTERNET
Em Abril, deste ano, a TV
Vermelho mostrou a aldeia indígena Itapoã, em Olivença, Ilhéus, sul da Bahia.
Por lá, a rede de deitar se somou à rede virtual. E, no lugar do arco e flecha,
mouse e PC. O vídeo sobre as Mídias Nativas, realizado nesta aldeia Tupinambá,
revela o impacto destas mudanças na comunidade. Segundo os entrevistados, o uso
das novas tecnologias tem contribuído para que a população indígena compartilhe
seus saberes na busca de uma maior integração nacional.
O vídeo sobre o Mídias Nativas
demonstra o quanto já caducaram velhos preconceitos sobre o povo mais original
do Brasil e como essas populações desejam ser incorporadas nas preocupações do
Estado e da sociedade sobre seus direitos e respeito com sua cultura.
A comunidade inaugurou um espaço
que se tornou a base das produções e experimentações dos indígenas com novas
tecnologias e mídias. O nome dado ao lugar, não por acaso, é Ciberoca.
Para os indígenas, a construção
desse espaço representa um avanço importante no tipo de uso que eles fazem das
tecnologias. “Com novos recursos, teremos mais condições de reivindicarmos
melhorias para nosso povo”, afirma Alex Tupinambá, coordenador da rede Índios
Online.
http://www.vermelho.org.br/noticia
Adaptação: Janete Motta
1)
Trabalhando o texto:
a) Qual é
o título do texto?
R........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
b) De
acordo com o texto, quais tecnologias foram instaladas na aldeia?
R..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
c) Você
concorda que as pessoas indígenas tenham acesso a estas tecnologias? Por quê?
Resposta pessoal.
........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
2..
Quantos parágrafos tem o texto?
R........................................................................................................................................................
Você
conhece ou tem em sua família um descendente de índio?
........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Conheça
um pouco sobre o índio Daniel Munduruku, grande escritor, que muito utiliza os
recursos tecnológicos para escrever seus livros:
Escritor indígena com 38 livros
publicados, graduado em Filosofia, História e Psicologia. Doutor em Educação na
USP. Diretor presidente do INBRAPI-Instituto Indígena Brasileiro para
Propriedade Intelectual, Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência
da República, Conselheiro Consultivo do Museu do Índio RJ. Membro da Academia
de Letras de Lorena.
Daniel Munduruku acredita que, ao
lerem livros escritos por índios, as crianças têm a chance de conhecer quem
eles são de verdade. Um trabalho importante para derrubar pensamentos antigos
e, ainda recuperar a pureza das brincadeiras que, pelo menos, as crianças
índias ainda preservam.
3..
Retire dos parágrafos acima:
a) um
substantivo próprio:
R - .....................................................................................................................................................
b) dois substantivos comuns:
R - .....................................................................................................................................................
4) O
primeiro parágrafo é um exemplo de:
( ) narração
( )
biografia
( )
reportagem
5) O
substantivo coletivo de índios é:
( ) tribo
( ) cacique
( )
aldeia
6)
Sequência de palavras escritas corretamente:
a) ( ) flexa, harco, peiche, cassa
b) ( )
flecha, arco, pexe, caça
c) ( ) flecha, arco, peixe, caça
7) Observe
as duas palavras e forme frases no tempo… (livros e índios)
a.. Presente:
b.. Pretérito/passado: